Postado por Ramiro Junior em 16 Sep 2010 1:30 am. Arquivado em
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E eis que a Vênus caiu. Ou melhor, eu caí nos braços da “Vênus de Milo”.
Tudo decorria bem quando isso aconteceu.
De certo eu mereci a queda, onde o declínio é proporcional à altura.
Não que “meu grito acordasse a vizinhança inteira”, mas quem me vê gritar?
E caio em silêncio sepulcral.
Em meio as tumbas que rodeiam-me, sou obrigado a concordar que não se deve fazer certos barulhos para não acordar os mortos, os que descansam em paz.
Seria a ignorância uma benção, como sempre me disseram.
Os mortos se abalam com neuroses pequenas que não deveriam sequer formular.
Esta é a casa dos elfos, um lugar onde a mais distinta ignorância deve ser elucidada, não um lugar para mortos que sequer entendem o lugar que se encontram.
Não maculem meu espaço. Ele é meu! É meu egoísmo!
Se a Vênus aqui jaz me abraçando, deixem que ela me segure!
Caso a essência “da queda seja a velocidade terrível”, é de suma importância tal experiência.
E assim os mortos continuam em seus devidos lugares, e não queremos que isso aconteça.
Morra em paz, mesmo que não seja “a paz que você quer”.
Postado por Ramiro Junior em 16 Sep 2010 1:17 am. Arquivado em
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Poucos dias da formatura. Todos buscam um modo de apaziguar os ânimos e se entreterem em uma busca infindável por emprego, concurso, estabilidade.
Noutra banda, a essência do aprendizado é reduzida a um dogmatismo exacerbado em busca de renda e “pistolão”.
“ser responsável, cristão convicto, cidadão modelo, burgês padrão”
Em suma, é com grande pesar que estamos nos despedindo da faculdade. A essência de tudo o que você se tornou pode se resumir ao convívio diário com uma galera que está [quase] na mesma situação em que você se encontra e é [quase] capaz de entender todos os seus anseios.
Peguei-me pensando nisso esses dias, talvez por falta de exercícios que deveriam limpar minha mente. Ou talvez por que realmente sentirei falta disso tudo.
Mas o que vem depois é o desconhecido, o admirável.
“Brave new World”
Admirável mundo que se descortina perante meus olhos, onde a dogmática absorvida nos anos de faculdade nos trarão surpresas, alegrias e decepções.
A existência de um novo e selvagem mundo, onde as experiências não se resumem a conceitos fechados em ambientes controlados é capaz de destruir a mente dos mais fracos, fazendo com que estes tenham uma vida reduzida a um mero “programa televisivo”, sonhando com uma vida que poderiam ter, com uma roupa que poderiam ter… Ou talvez apenas com amigos que poderiam ter.
Nada pode ser mais interessante do que uma vida que se poderia ter e não tem.
“A Ilha”
Por isso, todos estes anos de dedicação merecem uma compensação, ou ao menos uma festa a altura de tanto sacrifício.
Deixe-me de preocupar se a concretização dos estudos deveria ou não ser finalizada com festa e bebedeira.
Não de minha parte, pois não pretendo perder a sanidade em um dos momentos de maior realização.
De que adianta chegar no momento que sempre almejei e perder a consciência do que acontece?
Mas não deixarei para traz a vida que vivo. Ela se transmutará. Mas ainda será minha vida. Os amigos que conquistei [?] serão ainda meus amigos e eles não serão abandonados.
“É perigoso sair porta afora, Frodo. Você pisa na estrada, e se não controlar seus pés, não há como saber até onde você pode ser levado.”. Frodo, citando Bilbo Bolseiro – O Senhor dos Anéis – A Sociedade do Anel, p. 76
É com isso que devo me preocupar. Não com o que virá, mas como eu irei lidar com o que está por vir. Deixar meus conceitos éticos em detrimento de uma vida “padrão” ou usufruir de forma “felicita”, embora em doses homeopáticas (talvez em alguns excessos) tudo que me pertence [?].